segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Menina dos pampas...


MARCOU ÉPOCA



Por causa da pele clara, sempre ouviu dos amigos que tinha “cara de época”. Mas nos anos em que emendou um trabalho no outro na Globo, Sá sempre foi chamada para tramas que se passavam nos dias atuais. Até que recebeu do diretor Jayme Monjardim o convite para interpretar a impulsiva Mariana, de “A Casa das Sete Mulheres”, personagem, a qual tornou-se um marco na carreira da Sá, sendo um dos seus trabalhos mais lembrados pelo público até hoje.



O ritmo das gravações na minissérie era intenso. Além disso, coube a personagem da Sá fazer o contraponto aos dramas das demais mulheres da
estância.
“A Mariana é a mais moleca de todas. É como um algodãozinho no meio do chumbo”
, define Sá. Chegando à hora, porém, de os autores Walther Negrão
e Ana Maria Moretzsohn deslancharem a trama da personagem, que também teve seu quinhão de amor e sofrimento. Depois de viver uma “apaixonite” pelo General Netto, de Tarcísio Filho, e “ensaiar” um namoro com Corte Real, de Murilo Rosa, ela se apaixonou perdidamente pelo peão João Gutierrez, mestiço de branco e índia vivido por Heitor Martinez. Logo, Mariana engravidou dele e enfrenta a fúria da mãe, Maria, interpretada por Nívea Maria.





História bem parecida a qual Sá viveu em “Concerto Campestre”, de Henrique de Freitas Lima. O filme é ambientado em 1860, apenas 15 anos depois da Guerra dos Farrapos, que movimenta a minissérie. As filmagens aconteceram no ano de 2002 em Pelotas, cidade do Rio Grande do Sul que também serviu de locação para “A Casa das Sete Mulheres”. No longa, Sá interpreta Clara Vitória, jovem filha de estancieiro que se apaixona por um maestro, engravida e acaba expulsa de casa. “É muita coincidência... Parece que estou vivendo a mesma história. De certa forma, o filme serviu de laboratório para a minissérie”, analisa Sá.





Tanto no filme quanto na minissérie, a maior dificuldade da Sá foi esquecer seu “carioquês” para adotar uma leve cadência gaúcha. “Cortei meus ‘erres’ e meus ‘xis’, mas também não carreguei no sotaque sulista”, esclarece, em obediência às determinações exigidas do diretor, Jayme Monjardim. Como as gírias e a musicalidade da fala dos gaúchos poderiam prejudicar o entendimento em outras regiões do país, Jayme havia pedido a todo o elenco de “A Casa das Sete Mulheres” que buscasse a neutralidade.





De “neutro”, porém, Mariana só tem o sotaque. Como a intérprete da mais alegre das mulheres da estância, Sá deu uma nota à outra. Já viveu momentos alternados de revolta, alegria e dor. Mas foi na seqüência em que a personagem recebe o pai ferido da guerra, e depois sofre com sua morte, que Sá precisou se superar. Já que Sá também havia perdido seu pai recentemente, vítima de câncer. “Evitei fazer transferências. Era a história dela - não a minha - que estava ali. Mas descobri que temos em comum uma enorme vontade de viver, apesar das dificuldades. Quero conservar isso para o resto da minha vida”, refletiu.


CURIOSIDADES

>> A minisérie "A Casa das Sete Mulheres" foi exibida entre 7 de janeiro e 8 de Abril de 2003, totalizando 52 capítulos.

>>
Foi escrita por Maria Adelaide Amaral e Walter Negrão, com colaboração de e Lúcio Manfredi Vincent Villari, baseada no romance homônimo da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski, e dirigida por Teresa Lampreia, com direção geral de Jayme Monjardim e Marcos Schechtmann, e direção de núcleo de Jayme Monjardim.

>> A minisérie foi reapresentada em 15 de Agosto e 22 de Setembro de 2006, numa versão compacta de 24 capítulos.


>> Trilha sonora oficial de abertura "A Saga dos Pampas" de Marcus Viana Trânsfônica Orkestra.

>> Para compor a Mariana, Sá precisou estender as madeixas com o recurso "great lenghts". Com isso ganhou fios naturais de 60 cm, colados ao seu couro cabeludo.

3 comentários:

Unknown disse...

Está minisérie foi um grande sucesso a Sá deu um show de talento adoreiiiii!!!!!!!!!!!! ela e maravilhosa Beijosss querida Sá.

Daniela Alves

jessyca damaso disse...

Oiiii, realmente a miniserie foi um sucesso... beijãoooooooooooo

Unknown disse...

oi, sá essa minisérie dá saudade, foi muito linda.bjsssssssssss